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Um desvio de septo é uma condição onde o septo nasal — o osso e a cartilagem que divide a cavidade nasal do nariz ao meio — está significativamente descentrado ou torto, dificultando a respiração. A maioria das pessoas apresenta diferentes graus de desvio de septo.
Salihoglu et al. incluíram 9.835 pacientes em seu estudo que avaliou o efeito do exame nasal, incluindo desvios do septo nasal (classificados como 1, 2 e 3 com base em incrementos de 33%), na obstrução nasal usando a escala visual analógica. Em seu estudo, eles notaram que quase metade dos pacientes tinham desvios do septo nasal e desses cerca de 60% eram bilaterais e 40% eram unilaterais.
Desvio de septo grau 1: 0–33% de deflexão da linha média em direção à parede lateral
Desvio de septo grau 2: 34–66% de deflexão da linha média em direção à parede lateral
Desvio de septo grau 3: 67–100% de deflexão da linha média em direção à parede lateral.
Vidigal et al. usaram uma classificação de desvio de septo nasal com base na relação do septo nasal com a concha inferior.
Desvio de septo grau I: o desvio não atingiu a concha inferior
Desvio de septo grau II: o desvio atingiu a concha inferior
Desvio de septo grau III: o desvio atingiu a parede lateral e comprimiu a concha inferior.
De acordo com Guyuron et al. [1], o desvio do septo nasal pode ser dividido em seis categorias, cinco das quais podem influenciar o nariz externo. Um desvio ou esporão septal localizado não tem efeito na direção do nariz externo.
O tipo mais comum de desvio septal é a inclinação septal simples, que é descrita como um septo que não tem curva, mas é inclinado para um lado do nariz.
A segunda e terceira categoria de desvio septal é o desvio em forma de C. Ao contrário da inclinação septal simples, essa deformidade envolve a curvatura da cartilagem.
A diferença entre os 2 tipos é apenas a direção da curvatura.
O quarto e quinto tipos de deformidades são os desvios septais em forma de S, este tipo de desvio pode acompanhar a hipertrofia dos cornetos.
A diferença entre os 2 tipos é apenas a direção da curvatura.
O septo é composto em parte por cartilagem e em parte por osso. Às vezes, um pedaço extra de osso crescerá do septo e criará um esporão. Muitas vezes além da obstrução nasal o esporão ósseo é a causa de dores de cabeça inexplicáveis
Comumente falamos que o desvio de septo é grau 3 é quando onde o septo toca a parede lateral interna do nariz, quase sempre demanda cirurgia devido a gravidade dos efeitos obstrutivos causados.
Segundo Salihoglu et al., o desvio de septo grau 3 ocorre quando 67–100% de deflexão da linha média em direção à parede lateral. Vidigal et al. considera desvio de septo grau 3 quando o desvio atingiu a parede lateral e comprimiu a concha inferior.
Alguns otorrinolaringologistas optam por uma classificação mais simples visual e subjetiva considerando o nível de obstrução nasal.
O médico examinará seu nariz com um espéculo nasal, um exame de fibronasolaringoscopia e provavelmente solicitará uma tomografia computadorizada para examinar com mais detalhas outras estruturas na face, como os cornetos nasais e os seios da face.
Para examinar o interior do nariz com mais detalhes no consultório, o otorrino usará uma luz forte e um instrumento projetado para abrir as narinas.
E também no consultório, realizará uma fibronasolaringoscopia. É comum pedir uma tomografia computadorizada como auxiliar no diagnóstico do desvio de septo.
Com base nesses exames, ele pode diagnosticar um desvio de septo e determinar a gravidade de sua condição, como a presença de outras alterações como uma perfuração septal (perfuração do septo nasal), hipertrofia de cornetos nasais e pólipos nasais.
A gravidade do desvio de septo está diretamente relacionada a gravidade dos sintomas, independente do método de classificação.é importante consultar um médico otorrinolaringologista para um diagnóstico e tratamento corretos.
A indicação de cirurgia ocorre quando os sintomas causados pelo desvio de septo não respondem ao tratamento com medicamentos, ou quando os sitomas causam outros transtornos e doenças ao paciente.
Existem várias escalas de classificação de desvio de septo em graus, tipos entre outros.
Independente da classificação o mais importante é a avaliação do otorrinolaringologista especialista em nariz, para fazer um correto diagnóstico e indicar o melhor tratamento clínico ou cirúrgico.
Sou médica otorrinolaringologista em Belo Horizonte e Nova Lima, formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2008, título de Especialista em Otorrinolaringologia pela ABORL / AMB.
Sou especialista em rinologia funcional e estética, área da otorrinolaringologia que estuda e trata os distúrbios do nariz e dos seios da face, como obstrução nasal e desvio de septo e cirurgias funcionais e estéticas do nariz.
Atuo como médica do corpo clínico-cirúrgico nos hospitais Mater Dei, Socor e Orizonti. Sou preceptora do serviço de especialização em otorrinolaringologia do Hospital Socor atuando na área de Rinologia.