A turbinectomia é um procedimento cirúrgico que remove todo ou parte dos cornetos, que são estruturas ósseas revestidas por tecido na cavidade nasal. Os cornetos ajudam a umidificar e filtrar o ar que respiramos. A turbinectomia pode ser realizada para aliviar a obstrução nasal causada por cornetos aumentados, ou hipertrofia dos cornetos.
Embora a turbinectomia possa ser um procedimento eficaz para algumas pessoas, também existem riscos potenciais envolvidos. É importante estar ciente desses riscos antes de decidir se submeter ao procedimento.
Os riscos da turbinectomia incluem sangramento, infecção, síndrome do nariz vazio (caracterizada por sensação de nariz seco e obstruído, mesmo após a cirurgia), alterações no olfato, formação de crostas e aderências nasais. A gravidade e a probabilidade desses riscos variam de paciente para paciente e dependem de fatores como a técnica cirúrgica utilizada, a saúde geral do paciente e os cuidados pós-operatórios.
Riscos comuns da turbinectomia
Sangramento: O sangramento é um risco comum de qualquer cirurgia, e a turbinectomia não é exceção. A quantidade de sangramento varia de pessoa para pessoa, mas geralmente é leve. Em alguns casos, pode ser necessário um tamponamento nasal para controlar o sangramento.
Infecção: A infecção é outro risco potencial de qualquer cirurgia. O risco de infecção após a turbinectomia é baixo, mas pode ocorrer. Os sinais de infecção incluem febre, vermelhidão e inchaço ao redor do local da incisão e aumento da dor.
Síndrome do nariz vazio: A síndrome do nariz vazio é uma condição rara que pode ocorrer após a turbinectomia. É causada pela remoção excessiva do tecido dos cornetos. Os sintomas da síndrome do nariz vazio incluem ressecamento nasal, crostas, sensação de obstrução nasal e dificuldade para respirar pelo nariz.
Alteração do olfato: A turbinectomia pode afetar o olfato. Isso ocorre porque os cornetos desempenham um papel na percepção do olfato. A alteração do olfato pode ser temporária ou permanente.
Perfuração do septo nasal: A perfuração septal é um orifício no septo, que é a parede que separa as duas narinas. É uma complicação rara da turbinectomia, mas pode ocorrer se o cirurgião danificar acidentalmente o septo.
Formação de crostas: A formação de crostas é uma complicação comum da turbinectomia. Isso ocorre porque os cornetos não estão mais presentes para umidificar e filtrar o ar. As crostas podem ser desconfortáveis e podem dificultar a respiração pelo nariz.
Dor: A dor é um efeito colateral comum da turbinectomia. A dor geralmente é leve e pode ser controlada com analgésicos.
Riscos menos comuns da turbinectomia
Alterações na voz: A turbinectomia pode alterar a voz. Isso ocorre porque os cornetos desempenham um papel na ressonância da voz. A alteração na voz pode ser temporária ou permanente.
Problemas de lacrimejamento: A turbinectomia pode causar problemas de lacrimejamento. Isso ocorre porque os cornetos desempenham um papel na drenagem das lágrimas. Problemas de lacrimejamento podem ser temporários ou permanentes.
Necrose do tecido: A necrose do tecido é uma condição rara que pode ocorrer após a turbinectomia. É causada pela interrupção do fluxo sanguíneo para os tecidos circundantes. A necrose do tecido pode ser grave e pode exigir cirurgia adicional.
Quem é um bom candidato à turbinectomia?
A turbinectomia pode ser uma boa opção para pessoas com obstrução nasal crônica que não responderam a outros tratamentos, como medicamentos ou sprays nasais. No entanto, a turbinectomia não é adequada para todos. As pessoas com certas condições médicas, como diabetes ou distúrbios hemorrágicos, podem não ser boas candidatas à turbinectomia. É importante conversar com seu médico sobre sua saúde geral para determinar se a turbinectomia é adequada para você.
Preparando-se para a turbinectomia
Se você estiver considerando a turbinectomia, é importante conversar com seu médico sobre os riscos e benefícios do procedimento. Você também deve perguntar ao seu médico sobre como se preparar para a cirurgia, o que esperar após a cirurgia e quaisquer complicações potenciais.
Dra. Danielly Andrade
Médica otorrinolaringologista formada pela UFMG em 2008. Especialista em Rinologia Funcional e Estética com título concedido pela ABORL/AMB.
Referência em Belo Horizonte - MG no tratamento clínico e cirúrgico de problemas funcionais no nariz, como desvio de septo, hipertrofia de cornetos, pólipos nasais e sinusites.
Médica do corpo cirúrgico dos hospitais Mater Dei. Preceptora de residência médica em otorrinolaringologia atuando na área de Rinologia.
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